Land Art


Terra YinTerna - intervenção efémera e ativismo interno

[Frases gravadas nas falésias junto ao Sítio Arqueológico do Alto da Vigia
(Praia das Maçãs), Sintra] (detalhes), 2022.

















Aspirações Contemporâneas - Intervenção efémera e ativismo interno

[Frases gravadas nas falésias junto ao Sítio Arqueológico do Alto da Vigia
(Praia das Maçãs), Sintra] (detalhe), 2021.

Escultura ação. Escultura contacto. Escultura poesia. Escultura meditação. Escultura consciência. Acto poético, poesia em movimento, gestos intemporais, contemplação, meditação em ação.

O verso da Sophia deu-me a mão e trouxe-me ao espaço das rochas, grutas e falésias para o escrever no chão de argila: “…no coração do silêncio ilimitado…”























Série Chama Interior 
(Baixos relevos na praia), 2020. Sintra.















Série Movimentos na Matéria (II), 2018. Sintra.
 


















Série Movimentos na Matéria (I), 2017, Sertã.













Alvorada, 2016 [série de esculturas efémeras em terra crua]. Sertã. 

Escolho um recanto de terra, à sombra da laranjeira, entre os morangueiros e o hipericão. Desde há décadas que este solo tem sido de cultivo - estrumado, semeado, plantado, regado. Terra solta, não argilosa, carregada de matéria orgânica. É a primeira vez esta terra é cavada sem ser para fins agrícolas. É a primeira vez que, neste lugar, a terra é erguida sem ser para construir uma parede. No chão modelo curvas, ondulações, escavo sulcos com as mãos. As formas, iniciadas no chão, prolongam-se por vezes para o plano vertical da parede. Cheiro intenso. Formas feitas ao nascer do sol. Formações na terra. Formas que vou transformando - uma dá origem à seguinte. Sequência, encadeamento, fluxo de formas. Ligação com a terra, viagem a espaços internos, sensação extática, circular, movimentos em espiral. Linhas quadrantes, divisões - algo celular, montanhoso, vulcânico. Aliso, espalho, escavo, aplano, arredondo, pressiono, furo, aperto, vejo, componho, formo, transformo, edifico. Detenho-me nos detalhes. Tenho tempo. Renovo-me a cada forma. Solto a pele antiga como a serpente aqui presente. Escuto o som da terra. O silêncio do interior da terra - a linguagem do início do tempo.























Escuto o Interior, 2004.
Intervenção efémera na paisagem. C.E.N.T.A. , Vila Velha de Rodão